Quem se beneficia com o discurso da violência?

O Intervozes mapeou 23 repórteres e apresentadores de programas policialesco que estão se candidatando para cargos como deputados, levando a pauta de segurança pública e se aproveitando do tempo em que estão apresentando seus programas para banalizar a violência, incentivando os esteriótipos negativos que envolvem os direitos humanos e sob o olhar do endurecimento das leis penais.

Entre eles está Vitor Valim (CE) que propôs "na Câmara Federal o PL 9661/2018, que tem o objetivo de alterar o Código Penal, inserindo artigo que exclui do rol dos crimes a ação de profissional de segurança pública que, no exercício de sua função, provoque lesão corporal leve, grave ou fatal, mesmo em casos em que o que está em jogo não é a legítima defesa, mas a ideia mais vaga de “legítima defesa da sociedade”.

A justificativa do candidato se pauta em: “É muito comum os programas jornalísticos de TV, mídia imprensa e sites de redes sociais apresentarem vídeos mostrando, a luz do dia, bandidos fortemente armados, circulando em carros, homens ostentando armas em ruas, seja nos Estados do Rio de Janeiro, Ceará, São Paulo, Pará entre outros” que, na realidade, são cenas comuns do tipo de programa policialesco, não necessariamente representando os dados estatísticos de violência, mas, sim, casos isolados.

Lei na íntegra.