Cannes: ‘A vida invisível de Eurídice Gusmão’
O filme ‘A vida invisível de Eurídice Gusmão’ Karim Aïnouz, apresentado no Festival de Cannes, conta a história de duas irmãs cariocas, da adolescência a velhice, e o peso do patriarcado em suas vidas baseado no livro homônimo de Martha Batalha.O filme passa em 1950 e conta a história de Eurídice, de 18 anos, e Guida, 20 que apesar de irem para locais diferentes, separadas por conta do conservadorismo do Pai, lidam com a mesma questão: o machismo.
Segundo o autor, “Minha mãe era solteira, e, quando eu era jovem, não me dei conta de o quanto isso era difícil para ela [...] Eu tinha a impressão de que as coisas haviam mudado nos últimos 30 anos para as mulheres, mas, com o que está acontecendo agora politicamente no mundo e no Brasil, vejo que estamos indo para trás”.
Além disso, o autor afirma que o filme é uma “denúncia do patriarcado e do mal que ele pode causar” mas também se preocupa em “evitar apresentar os personagens como vítimas e explorar suas possibilidades de resistência [...] É o mais importante no cinema hoje: mostrar que se deve resistir e dar esperança”.