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Juliana Meneses

Novo estudo da Revista The Lancet alerta sobre os perigos da cloroquina

Um estudo realizado com mais de 96 mil pacientes com a utilização da cloroquina ou da hidroxicloroquina em pacientes infectados pela covid-19 concluiu que, associado ou não a outros antibióticos, pode aumentar o risco de arritmia cardíaca e de morte. A substância defendida por governos como Estados Unidos e Brasil, inclusive em tratamento de pacientes que tenham casos leves da doença, pode ser um fator que piora o quadro clínico dos pacientes.

A pesquisa, maior até o momento sobre quais os efeitos de substâncias na tentativa de tratamento para o novo coronavírus, foi feita com pacientes dos seis continentes que estiveram internados no período de 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020. Dos mais de 96 mil pacientes que participaram do estudo, a mortalidade dos que não tomaram nenhuma droga foi de 9,3%, já dos que tomaram a hidroxicloroquina foi de 18%, os que tomaram a cloroquina o percentual foi de 16,4%, no caso de combinação com antibióticos houve um aumento para 22,3%.

Na última quarta-feira, dia 20 de maio de 2020, houve uma mudança de protocolo no Brasil, o Ministério da Saúde autorizou que a cloroquina seja ministrada em todos os pacientes de coronavírus, sendo a prescrição da medicação autorizada desde os primeiros sintomas, apesar de não haver nenhuma comprovação científica que comprove a eficácia da substância. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia advertido sobre os possíveis efeitos do uso do medicamento bem como a não comprovação de resultados reais sobre o vírus.

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