Segundo estudo, suspensão das operações nas favelas do RJ reduziu 70% das mortes
Informações levantadas pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI), da Universidade Federal Fluminense (UFF), atualizam o balanço dos impactos da proibição de operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro afirmando que, desde a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, 30 vidas foram salvas. As informações foram apresentadas no estudo “Operações policiais e ocorrências criminais: Por um debate público qualificado”, que fez parte de um evento online promovido pela Defensoria Pública do Rio. A partir de cálculos que estimaram uma redução de 72,5% no número de mortes, e em 50% no número de feridos em decorrência de ações e ou tiroteios no mês seguinte à decisão de Fachin, chegou-se ao saldo de 30 vidas salvas. De 5 de junho a 5 de julho, observou-se uma redução de 78% nas operações policiais – algumas em regime de urgência chegaram a ser mencionadas por Fachin como necessárias. No mesmo período, não houve aumento da criminalidade. Segundo os pesquisadores, foi identificada uma queda de 48% nos crimes contra a vida e de 40% nos crimes contra o patrimônio no mesmo período.