IBGE divulga dados sobre acesso às TICs nos domicílios brasileiros
Nesta quarta-feira (14) o IBGE divulgou os dados da Pesquisa Nacional de Dados por Domicílio (Pnad) referente aos dados sobre acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no quarto semestre de 2019.
Segundo a pesquisa, o percentual de domicílios em que havia utilização da internet subiu de 79,1% para 82,7% de 2018 a 2019. No entanto, mesmo com esse aumento 12,6 milhões domicílios do país não havia internet em 2019. Alguns dos motivos apresentados são devido à falta de interesse (32,9%), ao serviço de acesso ser considerado caro (26,2%) ou por nenhum morador saber usar a internet (25,7%). Em área urbana, o percentual de domicílios sem utilização da internet que alegaram esses três motivos chegou a 91,9%, enquanto nas áreas rurais, 19,2% dos domicílios não utilizavam internet porque não dispunham do serviço na localidade. A pesquisa revela também que o celular é o principal equipamento de acesso à internet para 99,5% dos domicílios brasileiros com acesso ao serviço.
Os dados apontam que o perfil de renda determina quem acessa e quem não acessa a internet. A renda per capita de quem não acessa a internet é de R$ 728, metade do rendimento dos domicílios que fazem uso de banda larga: R$1.527. Além disso, o uso por estudantes (88,1%) é maior do que não estudantes (75,8%). Os estudantes da rede privada (98,4%) usam mais que os da rede pública (83,7%). Em valores absolutos, entre estudantes maiores de 10 anos, 4,3 milhões ainda não utilizavam o serviço no último semestre de 2019, sendo 95.5% alunos da rede pública.
A pesquisa sobre acesso às TICs é fundamental para entender a disposição do acesso à serviços cada vez mais importantes principalmente no contexto da pandemia da Covid-19, além de ser imprescindível para o planejamento de políticas de inclusão digital.
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